Jornais e televisões do mundo todo lembram hoje os 10 anos dos atentados nos Estados Unidos, que ceifaram em poucos minutos as vidas de cerca de 3 mil pessoas e causaram traumas irreparáveis em familiares e amigos das vítimas, bem como nos espectadores localizados em todo o mundo.
Anterior a esse incidente e a ele diretamente ligado, estão mais de 350 mil mortos e feridos em 8 anos de Guerra Irã-Iraque (para os iranianos, esse número passa dos 750 mil). Outros 100 mil soldados iraquianos perderam suas vidas nos 7 meses de conflito da Guerra do Golfo e, em 7 anos de Guerra no Iraque, fala-se em mais de 100 mil mortes de civis e um país devastado.
Porque o mundo fica tão abalado com as 3mil mortes que ocorreram em território americano e não com as mais de 550 mil (que podem muito bem ter passado de 1 milhão) que ocorreram e continuam ocorrendo no oriente médio?
Para essas pelo menos 550 mil vítimas parece não haver necessidade de derramar lágrimas. Parece que seus familiares não ficaram traumatizados. Parece que os territórios envolvidos nesse conflito não ficaram marcados. Parece que não há necessidade de evidenciar em jornais e revistas todo esse horror.
Não se trata de defender um lado em detrimento de outro, mas de abrir os olhos diante do descalabro de pessoas que acham que para suas ações nunca haverá uma reação.
E pensar que esse jogo de aliados e antagonistas tem suas peças distribuídas de acordo com interesses, no final das contas, puramente econômicos e no qual o petróleo é o ator principal ...
No final das contas, o único derrotado desses conflitos é a própria humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário